Entendemos que para representar e refletir nossos altos padrões de qualidade, é essencial contar com equipamentos de ponta, além de adotar procedimentos rigorosos e ensaios criteriosos ao longo do processo de produção.
ENSAIO DE IDENTIFICAÇÃO POSITIVA DE MATERIAIS - PMI
A Identificação Positiva de Material (PMI – Positive Material Identification) é um método crucial de ensaio não destrutivo (END) empregado para validar a conformidade dos materiais fornecidos com os padrões e especificações adequados. Especificamente, o PMI é utilizado para verificar se a composição química das peças metálicas possui a proporção correta de elementos-chave, assegurando que as propriedades do material, como a resistência à corrosão, atendam aos requisitos necessários.
ANÁLISE QUÍMICA
Os testes químicos são métodos de análise qualitativa e quantitativa que revelam a composição de um material ou produto específico. Um dos principais propósitos desses testes é avaliar a qualidade dos materiais, identificando sua composição e detectando qualquer elemento ou substância que possa estar presente em desacordo com os padrões, requisitos ou regulamentações pertinentes.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
As propriedades mecânicas dos materiais podem ser avaliadas por meio do teste de tração, também conhecido como teste de tensão. Nesse processo, uma amostra é submetida a uma tensão controlada até atingir o ponto de ruptura. Durante o teste, são registrados dados como resistência à tração final, resistência à ruptura, alongamento máximo e redução de área. A partir dessas medidas, é possível determinar informações importantes, como o módulo de Young, índice de Poisson, limite de escoamento e comportamento de endurecimento por deformação. O ensaio de tração uniaxial é amplamente utilizado para obter essas características mecânicas dos materiais.
Além do teste de tração, outros ensaios mecânicos são empregados para avaliar diversos tipos de produtos, incluindo ensaios de compressão, cisalhamento, torção, fadiga, fluência, flexão e dobramento.
ENSAIO DIMENSIONAL
O Ensaio Dimensional, também conhecido como Metrologia Dimensional, analisa as características geométricas de peças e produtos para verificar sua conformidade com as especificações de projeto. Nossa inspeção dimensional assegura a precisão das características que podem impactar na confiabilidade e no desempenho do produto.
A inspeção costuma ser uma etapa crítica durante o desenvolvimento do produto ou após a sua produção. Este tipo de avaliação é habitualmente conduzido tanto durante a fase de fabricação quanto após a conclusão de processos secundários da fabricação. Em todas as situações, a precisão das medições dimensionais é de suma importância para assegurar a qualidade do produto final e é indispensável para o êxito de qualquer linha de produção.
Nosso objetivo é estabelecer um processo que seja repetível, escalável e confiável. Quando alcançado com sucesso, isso resulta em redução dos custos de produção e preços mais acessíveis para o consumidor final.
ENSAIO DE DUREZA - BRINELL
A dureza é uma propriedade mecânica que se relaciona com a capacidade de um material de resistir ao risco ou à deformação permanente quando submetido à pressão de outro material ou a marcadores padronizados.
Em termos gerais, quanto maior a dureza de um material, maior a sua tendência a ser frágil e menos elástico, tornando-o mais suscetível a quebra quando exposto a impactos. Por outro lado, esses materiais apresentam maior durabilidade quando submetidos ao desgaste.
Dentre os diversos ensaios mecânicos utilizados para caracterizar as propriedades físicas dos materiais, o ensaio de dureza é um dos mais significativos e amplamente aplicados.
O ensaio de dureza Brinell é especialmente empregado em materiais metálicos. Esse teste envolve o uso de um penetrador esférico com 10 mm de diâmetro (embora diâmetros de 1, 2,5 e 5 mm possam ser usados, dependendo do material). O penetrador é geralmente feito de aço temperado ou carbeto de tungstênio.
A carga aplicada durante o ensaio de dureza Brinell varia entre 1 e 3000 kgf e é mantida por um período que varia de 10 a 30 segundos. A magnitude da carga aplicada depende do material testado e do diâmetro do penetrador.
O Grupo HCI possui uma infraestrutura completa para a realização de ensaios de dureza, seguindo as normas de avaliação pertinentes.
ENSAIO DE ULTRASSOM
O teste ultrassônico (UT) é um método não destrutivo, baseado na propagação de ondas ultrassônicas, para analisar produtos e materiais. É amplamente utilizado atualmente devido à sua praticidade e eficiência, não causando danos nem deixando marcas nos elementos analisados.
Este método é empregado na detecção de falhas em produtos acabados, semiacabados ou até mesmo em seu estado bruto, assegurando a integridade de peças e máquinas. Além disso, permite avaliar o desgaste, descontinuidades internas e o mapeamento preciso dessas descontinuidades.
Um fator fundamental para garantir uma inspeção de soldagem por ultrassom bem-sucedida, com resultados de qualidade e confiabilidade, é a calibração adequada dos equipamentos e a execução precisa de todas as tolerâncias de aferição.
ENSAIO DE LÍQUIDO PENETRANTE
O ensaio de Líquido Penetrante é amplamente reconhecido como um dos métodos de teste mais eficazes para identificar descontinuidades superficiais. Envolve a aplicação de líquido penetrante por meio de um pincel, com posterior remoção do excesso, por lavagem ou solventes. Em seguida, a aplicação de um revelador em pó mostra com precisão e simplicidade a localização de trincas superficiais e descontinuidades.
Esse método se baseia no fenômeno da capilaridade, que permite que o líquido penetre em áreas extremamente pequenas devido à sua baixa tensão superficial. A sensibilidade do ensaio depende significativamente desse poder de penetração.
O ensaio de Líquido Penetrante é altamente eficaz na detecção de descontinuidades em materiais fundidos, trincas de tensão, defeitos de fabricação, trincas resultantes de soldagem, usinagem, fadiga e até mesmo corrosão sob tensão.
TESTE DE PARTÍCULA MAGNÉTICA
O teste de partículas magnéticas é uma técnica importante para detecção de descontinuidades, tanto superficiais quanto subsuperficiais, em materiais ferromagnéticos. Esse método revela uma variedade de defeitos, incluindo trincas, falhas em soldas, juntas frias, inclusões, gotas frias, dupla laminação, falta de penetração, dobramentos e segregações, entre outros.
A essência do procedimento reside na geração de um campo magnético que permeia toda a extensão do material. As linhas magnéticas geradas no interior do material desviam-se quando encontram uma descontinuidade, criando uma região com polaridade magnética altamente atrativa para partículas magnéticas.
Ao magnetizar a peça e aplicar partículas magnéticas sobre ela, as partículas são atraídas para qualquer área da superfície que contenha uma descontinuidade, evidenciando a área com defeito. Para conduzir esse ensaio, utilizam-se dispositivos como os “yokes” — máquinas portáteis com controles manuais — ou equipamentos de magnetização estacionários para ensaios em série ou padronizados.
MEDIÇÃO DE ESPESSURA
A Medição de Espessura por Ultrassom é um método não destrutivo utilizado para medir espessuras em diversos materiais, detectando perdas de espessura causadas por abrasão ou corrosão, especialmente em locais de difícil acesso. Amplamente empregado na indústria, principalmente em estruturas marítimas e caldeiraria, essa técnica assegura a qualidade de peças volumosas e complexas.
A técnica baseia-se na difração de ondas ultrassônicas para identificar dimensões como altura, profundidade e comprimento em juntas soldadas. As ondas ultrassônicas refletem quando encontram descontinuidades ou falhas internas no material, sendo detectadas e interpretadas por dispositivos especializados. Isso permite localizar descontinuidades e avaliar a espessura do material com precisão.
Outro ponto notável, é que este tipo de medição pode ser realizado sobre camadas de tinta, em condições de alta temperatura ou ambiente frio.
MACROGRAFIA
A macrografia é um método de análise que envolve a inspeção visual direta ou ampliada em até 10 vezes de uma superfície plana, previamente polida e tratada com um reagente apropriado. Esse processo visa descrever a estrutura macrográfica do material ou da junta soldada em questão.
Este ensaio permite inferir dados sobre o processo de fabricação do produto siderúrgico, seja ele resultado de fundição, forjamento ou laminação. Além disso, possibilita a avaliação da homogeneidade ou heterogeneidade química do material, identificando descontinuidades intrínsecas ao próprio metal ou decorrentes do processo de solidificação, como porosidades e segregações.
Outra aplicação relevante desse ensaio é a detecção de soldas no material e a identificação de possíveis defeitos, como fissuras, bolhas e porosidades.
MICROGRAFIA
O exame micrográfico, realizado através da microscopia óptica, é essencial para avaliar a integridade de materiais metálicos e verificar se sua estrutura está conforme o esperado, seja como uma inspeção geral ou parte de uma análise especializada de falhas.
Para preparar a superfície apropriada para esse exame, são necessárias várias etapas, desde amostragem até processos como ataque químico e revelação micrográfica, incluindo retificação e polimento.
A realização de exames micrográficos com um microscópio óptico em uma superfície preparada, permite determinar a natureza da estrutura, o tamanho dos grãos, a composição das inclusões e até mesmo identificar a presença de tratamentos térmicos ou de superfície.
Se necessário, a superfície preparada também pode ser analisada com um microscópio eletrônico de varredura para identificar a composição química de precipitados e inclusões desconhecidas.
CORROSÃO INTERGRANULAR
A corrosão intergranular, também conhecida como ataque intergranular, é um tipo comum de corrosão localizada. Ela se desenvolve ao longo dos limites dos grãos de cristal ou nas áreas adjacentes de um metal ou liga, enquanto a corrosão dentro dos grãos, geralmente, é leve. Este processo enfraquece significativamente a força de ligação entre os grãos e, em casos graves, pode levar à perda completa da resistência mecânica.
Materiais como aço inoxidável, ligas à base de níquel, alumínio e magnésio são particularmente suscetíveis à corrosão intergranular. A soldagem, quando realizada com aquecimento, pode desencadear o problema de corrosão intergranular.
O teste de corrosão intergranular é um método eficaz para avaliar a resistência à corrosão de materiais em condições específicas. Esses ensaios fazem uso do ácido oxálico para identificar a suscetibilidade do material à corrosão intergranular. Além disso, durante esses testes, são realizados procedimentos adicionais, como a medição quantitativa do desempenho da amostra em relação à perda de peso e a análise visual do material.